quinta-feira, 22 de julho de 2010

Diabetes melito -- primeira parte







O diabete melito é a principal causa de cegueira e amputação no adulto, além de ser uma causa importante de insuficiência renal, ataques cardíacos e derrames. Por isso é considerado um dos principais problemas de saúde pública.

O diabete melito é um conjunto heterogêneo de síndromes caracterizadas por uma elevação de glicemia no jejum, causada por uma deficiência parcial ou total de insulina. E as alterações metabólicas são agravadas por excesso de glucagon.

Há dois tipos de diabetes melito: o insulinodependente (tipo I) e a não insulinodependente (tipo II).

O diabete tipo I é caracterizado pela falta absoluta de insulina, pois há um ataque auto-imune maciço às células beta do pâncreas. Esse ataque requer um estímulo ambiental (como um infecção viral) e um erro genético que faça com que as células betas sejam reconhecidas como antígeno pelo sistema imune. "O principal determinante génico de suscetibilidade para a Diabete melito tipo I está em genes do complexo principal da histocompatibilidade, no cromossomo 6p211,3(locus IDDM1), responsável por 40% ou mais de agregação familiar dessa doença." (arquivos brasileiros de endocrinologia e metabologia)

Desde a infância, comumente podendo ocorrer mais tarde, linfócitos T ativados invadem as ilhotas de Langerhans causando a insulite. Após alguns anos a insulite acaba gradualmente com as células betas.


O que ocorre no diabete melitos é algo parecido com o jejum. O fígado, tanto em jejum quanto no diabete; sintetiza e libera (a partir dos depositos de ácidos graxos) corpos cetônicos (o principal é o 3-hidroxibutirato ou beta-hidroxibutirato) para o suprimento energético dos tecidos periféricos. Isso provoca a cetose. A cetose resulta de um aumento na mobilização de ácidos graxos do tecido adiposo, combinada à síntese hepática acelerada de 3-hidroxibutirato e acetoacetato.


Umas das diferenças entre a diabete melitos e o jejum é que a cetose é mais severa na doença, pois a mobilização de acidos graxos do tecido adiposo e cetogênese hepática são maiores no diabete. As outras diferenças, é claro, são o alto nível de glicose e o baixo nível de insulina no sangue do diabético (exatamente o contrário do que ocorre no jejum).

Continua....








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