A diabete é uma doença séria que afeta milhões de pessoas. Ela possui alguns tipos,seus principais são: mellitus I e mellitus II (DM tipo 1 e DM tipo 2). Eles serão diferenciados e mais detalhados em tópicos futuros, além de outros tipos também. Os dois tipos ocasionam altos níveis de glicose no sangue (hiperglicemia), principalmente após ingerir alimentos.
Para entender como isso acontece é necessário primeiramente saber como o processo de digestão ocorre no individuo saudável. Logo após a alimentação o estômago começa a quebrar as moléculas alimentares (como carboidratos e amido) até as moléculas de açúcar (como a glicose). A glicose, então, vai para a corrente sanguínea para poder ser destribuida para todos os tecidos do corpo.
E para que serve a glicose? A glicose é o alimento primordial para as células do corpo humano. É a partir dela que vai ocorrer a glicólise e o cliclo de Krebs na célula, possibilitando a síntese de energia na forma de ATP. Mas ela não pode ser substituída por outra molécula? Algumas células podem fazer o uso de outras moléculas de açúcar para obtenção de energia. Porém, tecidos essenciais, como o tecido nervoso, usam apenas a glicose como fonte de energia.
Ok, a glicose vai para o sangue e circula por todo o corpo. Mas como ela entra na célula? Existe um hormônio chamado insulina (que é produzido nas células beta do pâncreas), quando a concentração de glicose no sangue aumenta muito o pâncreas é estimulado para liberar esse hormônio.
Funciona da seguinte maneira: as células possuem receptores para insulina e canais que permitem a entrada de glicose. Em condições normais, a glicose entra muito pouco por esses canais. Quando o nível de glicose no sangue aumenta, a insulina é liberada e se liga aos receptores de insulina nas células, aumentando assim a permeabilidade dos canais da célula à glicose. Desse modo, a glicose entra na célula e fica disponível para que ocorra a via glicolítica. Tudo ocorre com o objetivo de manter a concentração de glicose no sangue o mais constante possível.
Na diabete esse mecanismo todo não acontece perfeitamente. Na DM tipo 1 o problema está no pâncreas. As células-ß não produzem a insulina (ou pelo menos não em quantidade suficiente). Desse modo, a glicose vai para o sangue, porém, os canais não têm a sua permeabilidade aumentada (pela falta de estimulo da insulina) e a glicose não entra na célula em quantidades suficientes.
No tipo 2, o problema esta na célula. As células do corpo adquirem resistência à insulina. Isto significa que quando a insulina se ligar ao seu receptor na célula nada irá acontecer com o canal de glicose. Assim, a permeabilidade não aumenta e a glicose também não entra na célula.
Apesar de ocorrer de maneira diferente, os dois tipos de diabetes mellitus levam ao mesmo quadro metabólico. Ainda que o indivíduo esteja se alimentando corretamente ou abusivamente a glicose não consegue alcançar seu destino e por isso ele vai apresentar um quadro parecido com a desnutrição ou jejum. As células vão apresentar déficit energético e isso ira causar diminuição da atividade cerebral, fraqueza, entre outras conseqüências da falta de energia nas células.
A glicose, como não foi utilizada, vai ser eliminada na urina. Por isso um possível indicativo bem natural de que a pessoa está desenvolvendo diabetes é a presença constante de formigas em seu banheiro.
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