quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Apresentação

Então, finalmente tivemos nossa tão esperada apresentação! (Foi ontem) E apesar do nervosismo todo (até esquecemos de comentar algumas coisas), acredito eu que tudo deu certo no final e que as informações pertinentes foram bem passadas. Bom, mas as postagens não acabaram, ainda vamos comentar sobre algumas coisitas, principalmente sobre o que não conseguimos falar na apresentação. E vamos também deixar aqui os nosso painéis e esse foi o meu:





Um pouquinho sobre a apresentação:


Pré-diabetes:

A diabetes é uma doença muito perigosa pelo fato de ser silenciosa e de se relacionar com muiats outras doenças, além de trazer com ela muitas consequências danosas ao indivíduo. Entretanto, é bom ressaltar que apesar de a maioria dos pacientes só descobrir que tem diabetes quando o quadro clínico já é grave, a doença não acontece da noite pro dia, ela é resultante de um processo. Vendo assim, a existência de um estágio entre a normalidade e a diabetes não soa tão estranho. E é a esse estágio intemediário que chamamos pré-diabetes.


Na História Natural da Destruição Auto-imune das Células Beta (figura 1) que vem ao caso da DM tipo 1, dá para perceber que a destruição ocorre ao longo do tempo e grande parte do declínio da porcentagem de células beta ocorre no período da pré-diabetes. No caso da DM tipo 2, o período é caracterizado por uma insensibiliadade à insulina, note que é insensibilidade, não resistência. Nos exames de curva glicêmica temos como detectar a pré-diabetes, sendo que ela é referente à glicemia de jejum alterada e à tolerancia à glicose diminuida. Nos exames de jejum de oito horas no mínimo os valores para a pré-diabetes são da glicemia entre 100mg/dl e 125mg/dl, e após 2 horas na curva glicemica os valores são entre 140 e 199mg/dl. Acima desses valores, ou seja, a partir de 126 e 200 mg/dl inicia-se a zona da diabetes em si.


Assim, a pré-diabetes é de suma importância, afinal ela é detectável e também reversível ao passo que a diabtes em si não é reversível, por isso a grande importância de exames de rotina e do conhecimento de fatores e perfis de risco.


Perfis e Fatores de risco:


Existem muitos fatores e perfis de risco relacionados à diabetes, sobretudo ligados aos hábitos e estilos de vida das pessoas. Alguns que podemos citar são:

· Excesso de peso

· Colesterol Alto

· Hipertensão

· Doença cardiovascular

· Antecedente familiar

· Tabagismo

· Etilismo

Sedentarismo

Por exemplo: na obesidade, a chance de desenvolver a diabetes é 3x maior que de uma pessoa com o peso normal; pois o acúmulo de gordura, especialmente abdominal (ou visceral), provoca uma deficiência no número dos receptores de insulina, provocando uma resistência à insulina. Um fato interessante é que no cérebro/hipotálamo a insulina está associada à sensação de saciedade, ou seja, quando há resistência no cérebro ela causa obesidade e nos outros órgãos diabetes, além disso o excesso de insulina circulante inibe a lipólise e contribui para a obesidade. Ou seja, tanto a diabetes provoca obesidade e quanto a obesidade provoca diabetes.(essas informações são de uma linha de pesquisadores, pois o fato de que a diabetes pode causar obesidade ainda não está tão clara assim, mas o fato de que a obesidade é um fator de risco para a diabetes é comprovado);

Ou ainda a hipertensão que reprenta um risco altíssimo pra os diabéticos, tanto que cada aumento em 20mmHg na pressão arterial sistólica ou um aumento um aumento de 10 mmHg na pressão diastólica pode dobrar as chances de um evento cardíaco no diabético.

Ou também o etilismo, pois o álcool destroi os receptores de insulina e causa assim uma resistência à insulina que leva ao quadro da DM tipo II.

Consequências e doenças relacionadas:

Além desses perfis e fatores de risco que podem aumentar as chances do indivíduo ter diabetes, essa doença apresenta ainda muitas complicações, que geralmente estão relacionadas à hiperglicemia. Mas antes de tudo por que a hiperglicemia é tão nociva para o organismo se muitos dos tecidos principais utilizam exclusivamente a glicose como nutriente e em grande quantidade? Bom, existem 4 motivos:

· A glicose é um essencial contribuinte para a pressão osmótica no líquido extra celular, hiperglicemia=desidratação celular



· Perda da glicose pela urina



· Glicose na urina=diurese osmótica nos rins, depleção de líquidos e eletrólitos



· Lesões de alguns tecidos, principalmente vasos sanguíneos, que sofrem alterações estruturais e ficam com um aporte inadequado de sangue para os outros tecidos (riscos cardíacos, derrame, doença renal no estágio terminal e cegueira). Assim, as principais consequências da hiperglicemia são: neuropatia, nefropatia, retinopatia, complicações cardiovasculares como ataques cardíacos, derrames

Além da hiperglicemia, há também a cetoacidose que ocorre assim: a deficiência de insulina associada ao aumento dos hormônios contra reguladores resulta na diminuição da captação de glicose e na intensificação das vias de degradação, principalmente a lipólise. Tal via aumenta a concentração de ácidos graxos livres no organismo. Normalmente esses ácidos graxos seriam convertidos em triglicerídeos ou VLDL, porém a alta de glucagon altera o metabolismo hepático favorecendo a formação de corpos cetônicos.


O mais importante que quis passar com essas informações todas é que apesar de existir sim uma sucetibilidade genética associada à doença, ela também está ligada a fatores externos que na maioria das vezes podem ser evitados se mudarmos os nossos hábitos e estilos de vida. Já está na hora da sociedade mudar de mentalidade, ao invés de esperarmos ficar doentes para mudar, deveríamos mudar para não ficarmos doentes!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário