Algo muito comum na ciência é que ao passar do tempo descobrem-se coisas novas e conceitos antigos são revistos através das novas perspectivas, pois bem, quanto a diabetes não poderia ser diferente. Então aqui vai algo “novo”:
O conceito de diabetes melito como insulino dependente e não insulino dependente, já discutido aqui, é uma abordagem da diabete que está caindo em certo desuso. Mesmo? Não exatamente, por questões históricas o conceito permanece sendo bastante utilizado, mas já foi questionado por consensos de diabetes e é certamente algo que precisa ser revisto.
E por que o conceito está errado? Não podemos falar que ele está de todo errado. Na verdade, é fato que a DM tipo I tem como causa a falta da insulina e portanto os pacientes afetados por ela devem tomar insulina no tratamento; também é fato que o tipo II produz insulina e que o problema vem dos receptores (vejam a explicação melhor no post próprio de cada tipo), mas vocês já observaram que apesar disso quem tem diabete melito tipo II também toma insulina? Pois é, apesar do corpo produzir insulina no tipo II, pode ocorrer uma hipercompensação, o corpo começa a produzir mais insulina para ver se aumenta a captação da mesma pelas células, mas essa hiperatividade é desgastante para o pâncreas que não aguenta e assim não consegue mais produzir insulina com tanta eficiência; outra possibilidade é que não haja essa hipercompensação, mas então para o tratamento utiliza-se da insulina pelo mesmo fato que o corpo inicia a hipercompensação, ou seja, tenta-se melhorar a eficiência na captação de glicose, claro que esse tipo de tratamento só é de alguma valia para os pacientes que possuem alguns receptores de insulina funcionais, além de também não ser o primeiro passo tomado no tratamento.
E como fica a nova abordagem? A nova tendência é classificarmos as diabetes melito somente como tipo I e tipo II mesmo.
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