Um fato pouco conhecido é que a insulina tem uma vida citoplasmática e extra celular muito curta, sendo assim seria impossível medir a quantidade de insulina presente no sangue. Entretanto, existem certos marcadores que podem nos ajudar nesse aspecto, o que torna os exames para a diabetes possíveis.
O mais importante desses marcadores é o peptídeo C. Exatamente por ter uma vida citoplasmática muito curta a célula armazena a insulina de forma indireta: é a pró-insulina, que é formada pela insulina ligada ao peptídeo C. Quando as células beta recebem os sinalizadores químicos adequados elas liberam na corrente sanguínea a pró-insulina que depois, já no sangue, se quebra em insulina e peptídeo C. Como o peptídeo C é liberado na mesma proporção que a insulina e tem uma “vida” maior ele pode ser medido nos teste, sendo assim um ótimo “marcador de insulina”.
Além de servir como marcador, pesquisas atuais indicam uma importância biológica para o peptídeo C:
"O peptídeo-C é uma molécula produzida e secretada em conjunto com a insulina pelas células beta do pâncreas (Figura 1) [1]. Apesar de ter sido identificado há quatro décadas, apenas nos últimos anos começaram a ser descobertas as funções biológicas do peptídeo-C, que passou a ser reconhecido como um hormônio endógeno capaz de prevenir e tratar as complicações crônicas do diabetes mellitus tipo 1 [2]. O estudo dos diferentes níveis estruturais do peptídeo-C humano é fundamental para o entendimento de sua atividade biológica (Figura 2). A partir dessas informações estruturais [3] o NUCEL está desenvolvendo moléculas análogas ao peptídeo-C, capazes de exercer funções benéficas no tratamento do diabetes (Figura 3). No NUCEL também estão sendo investigadas novas funções biológicas do peptídeo-C através de experimentos in vitro realizados com células e ilhotas pancreáticas humanas e de roedores e experimentos in vivo em modelos animais de diabetes mellitus tipo 1. Nossos resultados e outros relatos da literatura indicam que o peptídeo-C poderá vir a ser administrado em conjunto com a insulina em uma terapia do futuro para o tratamento do diabetes mellitus tipo 1."
Imagem e trecho retirados do site: http://www.usp.br/nucel/p_peptideo.htm
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